quinta-feira, 2 de julho de 2015

A SOBRA DE AMAZAKE

Oyasama, não se servia absolutamente da comida provada secretamente, mesmo por um capricho momentâneo de alguém, antes de ser-lhe oferecida. Embora Ela tentasse servir, a mão que retinha os hashi não se levantava de modo nenhum.
Havia um vendedor de amazake em Tanbaiti, que vinha sempre, mais ou menos, na hora costumeira em que Ela se levantava da sesta.
Um certo dia em que ele veio bater à porta da Residência, a pequena Tamae, ainda com cinco anos de idade, viu-o e disse à dona Ie Murata que a acompanhava:
“Vamos comprar aquele amazake e dá-lo à vovó. ”
Imediatamente, a dona Ie comprou-o e ofereceu-lhe, que, bastante satisfeita com a bondade da querida neta, tomou a tigela com amazake e procurou bebê-lo. Entretanto, ao leva-lo à boca, a mão subia demasiadamente e não conseguia realizar o seu intento de modo algum.
Dona Ie, diante do fato, disse:
“Ito! Não podemos oferecer isto à Oyasama! ”
E solicitou a Oyasama que devolvesse a tigela com o conteúdo.

Ao pensarem bem no caso, isto era lógico. O vendedor vinha vendendo aqui e acolá. A dona Ie percebeu que, quando ele chegava à Residência, o conteúdo estava em condição semelhante à sobra de comida dos outros.

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